sábado, 21 de fevereiro de 2015

A MULHER CRISTÃ E OS 50 TONS DE CINZA

“50 Tons de Cinza? Nenhuma Área Cinzenta” por Kevin DeYoung

Não há nada de cinza sobre se um seguidor de Cristo deve ver 50 Tons De Cinza ou não. Esta é uma questão “preto no branco”. Não vá. Não assista. Não leia. Não alugue.
Eu não quero nem falar sobre isso. Outro blogueiro e eu ficamos confabulando por várias semanas sobre como poderíamos escrever uma resenha satírica criticando o filme e alfinetando aqueles que pensam que precisam vê-lo a fim de ser relevante. Nós não conseguimos fazê-lo. Não havia nenhuma maneira de fazer o humor ser pesado o suficiente para condenar um filme tão vil.
E não, eu não vi o filme. Eu não assisti o trailer. Eu não li uma única página do livro. Ler um resumo no Wikipedia e IMDb (Internet Movie Database) por dois minutos me convenceu que eu não precisava saber de mais nada. O sexo é um dom maravilhoso de Deus, mas como todas as dádivas de Deus ele pode ser aberto no contexto errado e reempacotado em uma terrível embalagem. A violência contra as mulheres não é aceitável só porque a moça é aberta à sugestão, e sexo não é aberto a todas as variações, mesmo em um relacionamento adulto. O consentimento mútuo não torna uma filosofia moral.
O sexo é um assunto privado para ser partilhado na privacidade e inviolabilidade do leito conjugal (Heb. 13: 4). Sexo, como Deus projetou, não é para que atores finjam (ou não) que eles estão fazendo “amor”. O ato de união conjugal é o que os casais fazem à portas fechadas, e não o que os discípulos de Jesus Cristo pagam para assistir em uma tela do tamanho de sua casa.
Como eu já disse antes, temos que ser rígidos sobre o que colocamos na frente de nossos olhos como homens e mulheres sentados nos lugares celestiais (Colossenses 3: 1-2). Se 50 Tons de Cinza é um problema, quais são os critérios que nós estabelecemos quanto ao resto da sensualidade que nós podemos consumir livremente?
Com certeza, a consciência do pecado não é por si só o problema. A Bíblia mostra claramente graus de imoralidade.
Seria simplista e moralmente insustentável – até mesmo antibíblico – sugerir que você não possa assistir pecado ou ler sobre o pecado sem pecar.
Mas a Bíblia nunca nos provoca com a sua descrição do pecado. Nunca pinta o pecado com cores de virtude. Não entretém com o mal (a não ser para zombar dele). A Bíblia não entorpece a consciência, fazendo o pecado parecer normal e a justiça parecer estranha.
Os cristãos não devem tentar “redimir” 50 Tons de Cinza. Não devemos “açucarar” as coisas e anunciar uma nova série de sermões sobre “50 Tons de Graça.” Não devemos dar à arte e à santidade um nome ruim, pensando que de alguma forma algo tão sombrio como 50 Tons de Cinza seja algo que valha a pena ver ou rever. De acordo com a lógica de Paulo, é possível expor o pecado e mantê-lo em oculto, ao mesmo tempo (Ef. 5: 11-12). “Um bom homem tem até vergonha de falar do que muitas pessoas não têm vergonha de fazer” (Matthew Henry).
Alguns filmes não merecem análise sofisticada. Eles merecem repúdio sóbrio. Se a igreja não pode estender graça aos pecadores sexuais, perdemos o coração do Evangelho. E se não podemos dizer às pessoas para ficar longe de 50 Tons de Cinza, perdemos nosso juízo

FONTE: Este artigo foi extraído do site:  http://www.mulherespiedosas.com.br/50-tons-de-cinza/